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Emanuelzinho assume Comitê Federal de Crise da Covid-19 e critica falta de liderança do Governo de MT


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O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho, foi designado esta semana para representar Mato Grosso no Comitê de Crise da Covid-19 do Congresso Federal. O organismo irá auxiliar todo o País na tomada de decisões para enfrentamento da pandemia. Em entrevista ao Olhar Direto, o parlamentar criticou o teor político que tem permeado as discussões sobre a doença no Brasil, especialmente aqui no Estado onde, em sua avaliação, falta liderança no processo.

“Essa questão da volta à normalidade, esse martelo tem que ser batido pelos sanitaristas, não é a classe política que tem que debater isso. Nós temos que ouvir os técnicos, as instituições de pesquisa que podem nos dar as diretrizes. Agora, eu acho que faltou um grande alinhamento entre os governos Federal, Estadual e Municipal. E, principalmente, o Governo do Estado, que ao invés de liderar o processo chamando as prefeituras para dialogar e trabalhar estratégias de acordo com as regiões, fez uma terceirização da culpa para os prefeitos. Eu acho que a função de um grande líder é agregar e chamar para si a responsabilidade dos problemas. Essas questões pessoais colocadas acima do interesse público prejudicaram a condução da pandemia em todo o País, especialmente aqui em Mato Grosso”, avaliou o deputado.

Sem citar nomes, Emanuelzinho evidencia a crise entre o Estado e a Prefeitura de Cuiabá, comandada por seu pai, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O emedebista e o governador Mauro Mendes (DEM), que já não se entendiam há algum tempo, voltaram a expor suas diferenças de cunho pessoal durante a crise da Covid-19.

O conflito entre Mauro e Emanuel foi parar na Justiça e recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a competência da Prefeitura de Cuiabá na tomada de decisões frente à pandemia. A briga entre os dois resultou numa chuva de decretos, que hora mandavam apertar as medidas restritivas para conter o vírus, entre elas o fechamento do comércio, hora mandavam flexibilizar as normas.

No entanto, as divergências com Mendes não se restringiram à Capital. Ainda em março, a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) condenou a falta de interação entre o Governo e os gestores municipais. À época, Mendes fez duras críticas aos prefeitos que haviam determinado o fechamento do comércio e decretado toque de recolher em suas cidades. Após isso, o governador decidiu liberar todas as atividades econômicas no Estado e manter somente o isolamento social da população.

Para a AMM, a atitude do Governo de assumir a responsabilidade pelas ações de combate ao coronavírus na ocasião não deixou de ser positiva, até mesmo para uniformizar as decisões. Porém, o presidente da entidade, Neurilan Fraga, destacou que que a população de municípios menores, como Brasnorte, por exemplo, deveria ter o mesmo tratamento e cuidado que se tem com a população das grandes cidades.

Comitê de Crise da Covid-19

Presidido pelo deputado federal Evair de Melo (PV-ES), o Comitê foi criado com o objetivo de auxiliar o Brasil no enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus e minimizar as negativas repercussões sociais, econômicas, políticas, institucionais e diplomáticas, durante e após a pandemia, em prol da recuperação e desenvolvimento do País.

O ato normativo de constituição do Comitê, em seus artigos 1º, parágrafo único, e 2º, § 3º, prevê a participação, em seu colegiado ordinário, de parlamentares representantes de Estados, e ainda assento institucional para órgãos da Câmara e do Senado, representações, blocos, partidos e lideranças.

O Comitê de Crise Covid-19 tem como missão ser um importante canal de diálogo e interlocução institucional, com o desafio de integrar e convergir esforços com os Poderes da República, corpos diplomáticos, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada não só do Brasil, como também de outros países, em cooperação internacional.

(OLHAR DIRETO)
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