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Agronegócios

Trader acredita que caso de carga de frango brasileira com coronavírus não deve impactar exportações


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O caso divulgado nesta quinta-feira (13), de que uma carga de asas de frango saída do Brasil com destino à China continha uma das caixas com traços do coronavírus, não deve impactar as exportações brasileiras para o gigante asiático, segundo o trader Gabriel Freitas, do Ramax Group, na China.

Na quinta-feira (13) o Brasil recebeu a notícia, veiculada por um jornal chinês, de que em uma carga de asas de frango que havia sido exportada para a China pela Cooperativa Aurora, de Santa Catarina, havia sido encontrado traços de coronavírus. O gigante asiático tem testado cargas de proteína animal para detectar o vírus desde julho, quando o coronavírus havia sido encontrado em salmão importado.

Conforme Freitas explica, essa notícia não deve impactar as exportações brasileiras de nenhum produto, como carne de frango, suína, bovina, ou mesmo soja.

“Quando a gente fala da extensão desse problema, a China nos últimos meses vem testando muitas toneladas nos portos, nas câmaras frias, nos restaurantes, e se a gente for levar em consideração o número total para a quantidade de produtos que foram contaminados, é um número muito pequeno”.

Segundo ele, este caso da carga de frango que ainda está sendo analisado é o primeiro que envolve uma das três principais proteínas congeladas (frango, suína e bovina). Anteriormente os casos estavam ligados apenas a frutos do mar.

“O que pode acontece no curto prazo é haver esse medo da importação, do consumo, mas não vai de forma alguma impactar o relacionamento comercial e a necessidade da China de importar. Não é novidade casos de coronavírus envolvendo frigoríficos nem no Brasil nem no mundo, e as plantas suspensas, após a resolução do problema e consenso entre os dois países, a indústria volta a exportar”, afirmou.

De acordo com ele, o posicionamento do governo chinês é idêntico ao do Brasil, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU) de que não existe nenhuma comprovação científica que um alimento pode carregar e infectar seres humanos.

“Inclusive, o governo chinês recentemente já veio a público inúmeras vezes salientar que os alimentos congelados, proteínas principalmente, são 100% seguras e o povo não precisa se preocupar”.

Freitas cita como exemplo alguns problemas com camarão importado pela China de um outro país em que foi detectado coronavírus na parte externa da embalagem dentro do contêiner e dentro da embalagem em mais de 7 cidades dao país asiático.

“Podemos usar esse exemplo como parâmetro para saber o que pode ser feito pela China. O máximo que pode acontecer é a China suspender temporariamente a planta envolvida, os dois governos manterem uma comunicação precisa, os problemas serem resolvidos e, eventualmente, a planta em questão ser reabilitada”.

Sobre especulações sobre onde e como pode ter ocorrido a contaminação na caixa de asas de frango, o trader explica que os “big data” serão analisados, como tráfego do produto, as pessoas envolvidas, estudo da biologia do vírus encontrado para, aí, após a averiguação, ter um resultado de origem, causa e ação.

Fonte:

Notícias Agrícolas

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