Mato Grosso
Apenas 28,3% das cidades de MT têm serviço de esgotamento sanitário em funcionamento
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Pesquisa aponta que apenas 40 das 141 cidades de Mato Grosso têm serviço de esgotamento sanitário por rede coletora funcionando. Isso representa 23,3%. O número de municípios com esse serviço aumentou de 18, em 2000, para 27, em 2008, e para 50, em 2017, mas 10 não estão em funcionamento.
Das 40 cidades com o serviço de esgotamento sanitário por rede coletora em funcionamento, 22 tinham o serviço prestado por entidades municipais e 18 por entidades privadas. Sobre a natureza jurídica das entidades prestadoras do serviço, 15 tinham administração direta do poder público, sete eram autarquia e 18 eram empresas privadas. Ao todo, 24 cidades tinham instrumento de delegação da prestação do serviço, sendo 18 por contrato de concessão e seis por lei ou decreto.
Segundo informações da assessoria de imprensa, a pesquisa mostra que 35 municípios tinham serviço de atendimento ao público oferecido pela entidade. Vazamento de esgoto era a principal reclamação em oito cidades, seguida por existência de refluxo ou retorno de esgoto nos domicílios e estabelecimentos (5), ligação na rede coletora de esgoto (3) e ausência no serviço (3).
Segundo o estudo, apenas 23 cidades tinham medição ou estimação da vazão do esgoto coletado, sendo que 20 faziam estimação pelo volume consumido ou faturado de água, cinco tinham medidores na entrada das ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto), quatro faziam estimação pelo número de economias, e uma tinha medidores na rede coletora de esgoto.
Ao todo, 37 municípios tinham ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto, sendo 35 em funcionamento e 28 com licença ambiental.
Do pessoal ocupado na operação e ou manutenção do serviço de esgotamento sanitário por rede coletora no estado, havia 230 funcionários contratados diretamente pela entidade: 81 estatutários, 127 celetistas, 11 somente comissionados, e 11 sem vínculo permanente. Outros 74 eram terceirizados.
Para o setor de administração dos serviços de esgotamento sanitário por rede coletora e de abastecimento de água por rede geral de distribuição havia, em 2017, 1.209 funcionários contratados diretamente pela entidade, sendo 327 estatutários, 569 celetistas, 151 somente comissionados, 27 estagiários, e 135 sem vínculo permanente. Outros 242 eram funcionários terceirizados.
Já o número de cidades de Mato Grosso com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição passou de 119, em 2000, para 139, em 2017. Em 2008, também havia sido de 139. Delas, 138 estavam com o serviço em funcionamento, o que representa 97,8% do total de municípios. Um estava em implantação.
Segundo a pesquisa, 126 cidades tinham serviço de atendimento ao público oferecido pela entidade de abastecimento de água por rede geral de distribuição. A principal reclamação era a ligação na rede de distribuição de água, seguida pela falta de água e por vazamento de água.
Apenas dez municípios do estado tinham órgão regulador do serviço de abastecimento de água, sendo dois deles em órgão municipal, seis em autarquia municipal, e dois em entidade reguladora estadual.
A pesquisa aponta que o volume de água doce captada por dia em Mato Grosso foi de 1.030.859 m3 em 2017, sendo 835.237 m3 em ponto superficial, 14.760 m3 em poço raso, e 354.940 m3 em poço profundo. Já o volume de água tratada por dia no estado foi de 1.019.250 m3, sendo 630.183 m3 por tratamento convencional, 5.598 m3 por tratamento não convencional, e 383.467 m3 por simples desinfecção.
De acordo com o estudo, o volume de água distribuída por dia em MT foi de 1.004.088 m3. Dele, passaram por algum tipo de tratamento 1.000.746 m3, sendo 621.123 m3 por convencional, 5.587 m3 por não convencional, e 374.034 m3 por simples desinfecção.
Das 138 cidades com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição em funcionamento, 61 tinham perdas de faturamento: fraudes nas ligações (48), erros de cadastro (11), falta de hidrômetros (17), problemas de medição (19).
OLHARDIRETO