Agronegócios
Milho não deve chegar a R$ 60, diz T&F
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“Com estoques finais [apontadas pelo USDA] maiores do que se esperava, não esperamos que os preços do milho mais que cheguem a R$ 60,00 na B3, mas deverão manter-se nos níveis ao redor de R$ 50,00, que atingiram nesta semana”. É o que projetam os analistas a T&F Consultoria Agroeconômica, após a divulgação do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
De acordo com eles, porém, o valor não deve cair muito porque existe demanda, nem subir muito porque a disponibilidade aumentou: “Então, a tendência dos preços está muito mais nas mãos dos vendedores, que deverão saber calibrar bem as vendas para manter a sua lucratividade, do que dos compradores, que tentarão jogar os preços mais para baixo. Acreditamos que a linha de suporte no interior dos três estados do Sul seja de R$ 44,00 no PR e R$ 46,00 em SC e RS e a de resistência ao redor de R$ 48,00, nos três estados”.
De acordo com a ARC Mercosul, os destaques do relatório do USDA ficam para o setor do milho, onde as maiores mudanças foram observadas: “Os estoques do milho estadunidense para a safra 20/21 – a qual está sendo semeada no atual momento – foram projetados em 84,6 MTs, sofrendo um incremento de 58,7% em relação aos estoques da safra 19/20. O volume estimado para o milho 2021 é o maior das últimas 3 décadas”.
“Os ganhos de oferta total nos Estados Unidos são provenientes da maior produção, que já é estimada em 404,3 MTs do milho à serem colhidas neste ano. A ARC alerta que com o avançar de uma safra saudável no Cinturão Agrícola norte-americano, o Brasil perderá competitividade nas exportações do cereal, uma vez que o grão se tornará disponível e as cotações na CBOT deverão presenciar valores abaixo dos US$3,00/bu até o início da colheita”, concluem os analistas.
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