Cacoal
Reeducandas de Cacoal produziram mais de 10 mil máscaras em menos de um mês
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Há aproximadamente um mês, as reeducandas da Casa de Detenção de Cacoal iniciaram a confecção de máscaras de proteção individual para auxiliar na prevenção ao novo coronavívurs. Neste tempo, mais de 10 mil unidades já foram produzidas e estão sendo distribuídas por diversas entidades e instituições de Cacoal.
As máscaras já foram entregues, por exemplo, no Hospital Regional (HRC) e no Hospital de Urgência (Heuro) de Cacoal, para o uso de pacientes e profissionais de saúde, na Casa de Apoio Amor Fraterno, Albergue, Casa de Acolhimento Pingo de Gente, unidades prisionais de Espigão D’Oeste e Cerejeiras, Casa de Acolhida São Camilo, Fórum, entre diversos outros locais. Ao todo, 12 das 16 internas da Casa de Detenção de Cacoal estão empenhadas na confecção das máscaras e tem como meta a produção de pelo menos 15 mil unidades.
A iniciativa conta com diversas parcerias, entre elas o Juízo da 2ª Vara de Execução da Comarca de Cacoal, que destinou recursos provenientes da prestação pecuniária para a unidade prisional de Cacoal para serem investidos na produção de máscaras descartáveis pelas reeducandas.
“Nós temos a ideia, para a próxima semana, de realizar algo como um pit stop para distribuir algumas máscaras para a população de Cacoal. A produção tem sido bastante satisfatória e estamos estudando os melhores meios, diante das restrições, para distribuir parte das máscaras diretamente para as pessoas que precisam circular pela cidade”, destacou o diretor geral da Casa de Detenção de Cacoal, Gilberto Santos de Andrade.
As reeducandas têm trabalhado em dois turnos na confecção das máscaras de proteção individual, pela manhã, das 7h às 11h, e a tarde, das 13h às 17h. O trabalho não para! Após a confecção, todas as unidades são esterilizadas pelos profissionais de saúde da própria unidade prisional, embaladas e só então são encaminhadas para a doação.
“A gente vê que muitas reeducandas estão realmente interessadas de verdade pela ação, pela atividade, e não apenas pela remissão da pena. Elas estão realmente empenhadas por ajudar outras pessoas e também por ocuparem o tempo com uma atividade. É bacana ver o quão bem essa atividade tem feito para elas, para o dia a dia. Muitas aprenderam a costurar por conta do projeto e estão gostando, e até mesmo pensando em adotar a costura como uma profissão”, pontuou a policial penal Juliane Amélia Rocha de Oliveira.
O projeto desenvolvido na Casa de Detenção de Cacoal, assim como em outras unidades prisionais de Rondônia, tem recebido diversos elogios. Nesta semana, o presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Diógenes Nunes de Almeida, esteve visitando o projeto e falou da sua admiração pela iniciativa.
“Esta é mais uma importante iniciativa que, além de atender a sociedade neste difícil momento, garante às reeducandas o aprendizado de um ofício e também o despertar de um sentimento tão gratificante, que é poder contribuir com o próximo. A OAB/Cacoal é parceira da Casa de Detenção e sempre nos colocamos à disposição para contribuir com esta e outras iniciativas”, enalteceu o presidente da Subseção da OAB em Cacoal.