Agronegócios
Milho derrete nos EUA: Como afeta Brasil?
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A demanda mundial por milho continua em deterioração, de acordo com a Consultoria ARC Mercosul. Nos Estados Unidos, não só os problemas com a falta de consumo do cereal para a produção de etanol, mas também a preocupação é crescente diante do contraído uso do grão para ração animal.
A ARC Mercosul calcula que os abates de suínos em solo estadunidense já sofreram uma redução diária de 33-35%, e 25-28% para os abates bovinos: “Em meio a quarentena obrigatória dos abatedouros e processadores de carne, pecuaristas norte-americanos estão enfrentando problemas de excesso de ofertas com animais não vendidos. Já é uma realidade a eutanásia de aves e porcos em algumas regiões dos Estados Unidos por falta de opção de abate”.
“O excedente de oferta de milho norte-americano impedirá qualquer tentativa de alta dos preços internacionais, refletindo eventualmente no mercado brasileiro. Além do mais, a ARC teme que nas próximas semanas, com a intensificação do COVID-19 no Brasil, a indústria no país poderá enfrentar uma nova rodada de quarentena obrigatória, desacelerando temporariamente a demanda para esmagamento de grãos”, dizem os analistas da Consultoria.
Mesmo com quebras eventuais da produção safrinha no Centro e Sul do país, projetam os especialistas, o mercado brasileiro de milho passará por um “cenário pessimista nestes próximos meses por uma demanda agressivamente degradada”.
BRASIL
A pesquisa do Cepea registrou nova alta de 0,21% nos preços médios do milho na principal praça de referência do país, mantendo-os cerca de 12,5 reais/saca abaixo da máxima em que esteve no início do mês agora a R$ 47,52, contra R$ 47,42/saca do dia útil anterior. “Em abril os preços já recuaram cerca de 20,15%. Na B3 as cotações recuaram 0,04% para 47,94, contra R$ 47,96 do dia anterior, mas no mês a queda ainda é forte, de 20,25%”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
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