6 dúvidas comuns sobre o teste de coronavírus (COVID-19)

O teste de COVID-19 é a única forma de saber se a pessoa realmente está infectada pelo novo coronavírus, já que os sintomas podem ser muito semelhantes aos da gripe comum, dificultando o diagnóstico.

Além deste teste, o diagnóstico da COVID-19 também pode incluir a realização de outros exames, principalmente hemograma e tomografia de tórax, para avaliar o grau da infecção e identificar se existe algum tipo de complicação que precise de tratamento mais específico.

Uma vez que é um teste para um novo tipo de vírus, a seguir explicamos algumas das dúvidas mais comuns:

1. Quem deve fazer o teste?

O teste para COVID-19 não está indicado em todos os casos, devendo ser feito apenas em pessoas que apresentam sintomas sugestivos da infecção, como tosse intensa, febre e falta de ar, e que se encaixam em algum dos seguintes grupos:

• Pacientes internados no hospital e outras instituições de saúde;
• Pessoas com mais de 65 anos;
• Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal, hipertensão ou doenças respiratórias;
• Pessoas que fazem tratamento com medicamentos que diminuam a imunidade, como imunossupressores ou corticoides;
• Profissionais de saúde que estejam trabalhando com casos de COVID-19.

Além disso, o médico também pode pedir o teste para COVID-19 sempre que qualquer pessoa apresentar sintomas da infecção após ter estado num local com um elevado número de casos ou ter estado em contato direto com casos suspeitos ou confirmados.

2. Como é feito o teste?

Para fazer o teste de COVID-19 geralmente é recolhida uma amostra das secreções respiratórias da região da garganta e do nariz, com o uso de um swab, que é uma espécie de cotonete grande. Depois, essa amostra é guardada e enviada para o laboratório, onde será analisada para identificar se o novo coronavírus está presente.

Além das secreções respiratórias, em alguns casos, também pode ser recolhida uma amostra de sangue ou de catarro, dependendo do laboratório que irá realizar o teste.

3. Existem testes rápidos para COVID-19?

O diagnóstico da COVID-19 também pode ser feito por meio de testes rápidos, que fornecem o resultado em poucos minutos, no entanto, o resultado destes testes precisa sempre ser confirmado com um exame de laboratório.

Ainda assim, estes testes rápidos podem ser usados numa primeira fase do diagnóstico, pois permitem colocar a pessoa em isolamento até receber o resultado do teste de laboratório, diminuindo, assim, o risco de transmitir o vírus para outras pessoas, caso esteja infectada.

4. Quanto tempo demora o resultado?

O tempo que o resultado leva para ser liberado depende do tipo de teste que for realizado, podendo variar entre 15 minutos até 7 dias.

Os exames mais rápidos apresentem resultados entre 15 e 30 minutos, mas seu resultado precisa ser confirmado com um teste de laboratório. Já o resultado do teste de laboratório pode demorar entre 12 horas até 7 dias.

5. Há chance do resultado ser “falso”?

A grande parte dos testes desenvolvidos para COVID-19 são bastante sensíveis e específicos, havendo, por isso, baixa probabilidade de erro no diagnóstico. No entanto, o risco de obter um resultado falso é maior quando as amostras são coletadas em fases muito precoces da infecção, pois é mais provável que o vírus não tenha se replicado o suficiente, nem estimulado resposta do sistema imunológico, para ser detectado.

Além disso, quando a amostra não é coletada, transportada ou armazenada corretamente, também é possível obter um resultado “falso negativo”. Nesses casos é necessário que o exame seja repetido, principalmente se a pessoa apresentar sinais e sintomas da infecção, se tiver tido contato com casos suspeitos ou confirmados da doença, ou se pertencer a algum grupo de risco para COVID-19.

6. Como é analisado o teste de laboratório?

O teste de laboratório para COVID-19 é feito através de um processo conhecido como PCR (Polymerase Chain Reaction), que é uma técnica que tem como objetivo aumentar o número de fragmentos do material genético de pequenos microrganismos, como os vírus, fazendo com que seja mais fácil identificar se realmente o vírus, neste caso o novo coronavírus, está presente na amostra avaliada.

Além disso, este teste é realizado em tempo real, o que significa que, além de identificar a presença ou ausência do vírus, também é capaz de dar informações sobre como o vírus está se multiplicando, fornecendo dados importantes sobre a gravidade da infecção.

O resultado do exame de PCR demora mais para ser liberado que outros tipos de teste, mas é considerado o “padrão-ouro” para o diagnóstico da COVID-19, já que é uma técnica bastante sensível e específica, fornecendo resultados importantes para o seguimento da doença.

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