Saúde
Como a pandemia de coronavírus afeta a relação sexual?
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A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) pode afetar a relação sexual entre casais, principalmente para aqueles que estão juntos em quarentena. O estresse e a ansiedade causado pelo cenário podem gerar diversas consequências na relação, de diferentes maneiras. Veja como o coronavírus afeta a relação sexual e quais são as dicas para contornar os problemas.
O que muda na relação sexual durante a quarentena?
No geral, pouca coisa muda porque os cuidados com a relação sexual se mantém com ou sem o coronavírus.
A questão fundamental é quando um dos parceiros se encontra na faixa de risco (acima de 60 anos, pessoas cardíacas, diabéticas e problemas respiratórios, por exemplo), devem ter um cuidado redobrado.
“Se o outro parceiro for mais jovem e está exposto, o recomendado é o isolamento até comprovar que essa pessoa não está com o vírus. Isso é isolamento vertical onde as pessoas devem se afastar para quem for vulnerável a doença”, orienta o urologista Flávio Iizuka.
“O relacionamento sexual é mais próximo e íntimo e aumenta o risco de contágio da doença. Porém, se o casal apresentar riscos iguais, por exemplo, idosos que estão isolados ou até mesmo jovens, não recomendo nenhum tipo de isolamento”, complementa.
Muitas famílias estão, voluntariamente (como uma questão de precaução), se separando fisicamente do seus companheiros para que eles não sejam afetados pela doença. Isso não é uma questão obrigatória e sim da consciência da pessoa. Caso nenhum dos parceiros estejam em risco ou expostos nada muda.
O confinamento pode gerar uma crise entre os casais, por causa do estresse, muita pressão e incerteza, também tem a questão de dificuldade de espaço físico, de mudança de rotina o que impacta com a saúde mental e na saúde sexual do casal.
Quais fatores mais influenciam?
Os grandes fatores são o estresse e a mudança da rotina que por conta do confinamento domiciliar que acaba alterando e por conta da situação acaba gerando diversas preocupações como o medo da sua parceira estar com o vírus e o medo relacionado ao trabalho.
Com pessoas muito ansiosas podem surgir uma paranoia com relação a limpeza e higiene e provavelmente vão desenvolver um comportamento obsessivo compulsivo e isso vai afastando o casal.
Em situações de crises ou medos, o homem acaba tendo uma queda de testosterona e a libido diminui e a vontade ter relação sexual também.
Caso o homem esteja enfrentando problemas de disfunção erétil neste período de pandemia, é normal e não precisam criar outro tipo de desespero ou ficar mais estressado por isso.
“O estresse prejudica o desempenho masculino já que leva a uma produção abundante de adrenalina, que aumenta a contração muscular diminuindo a fluência e o fluxo de sangue no pênis levando uma dificuldade maior para ter uma boa ereção”, explica o urologista Emilio Sebe.
O ideal é ficar tranquilo e ir tentando outras vezes. Mas caso o problema vire rotina é preciso buscar ajuda com um urologista.
Dicas de como não atrapalhar o desempenho sexual no período
A primeira dica é não ingerir muita bebida alcoólica antes da relação sexual porque o álcool deixa a pessoa mais relaxada e mais falante e, com isso, perde as inibições.
Depois de uma certa dose, a bebida alcoólica tem um efeito ruim para o desempenho sexual onde o homem passa a ter dificuldades no desempenho e a relação pode não acontecer.
Segunda dica é buscar um clima de privacidade e relaxamento, principalmente com a quarentena e para os casais que têm filhos, por exemplo.
Terceira dica é tomar todos os cuidados que são universais em relação ao controle da fertilidade. Porque nesse momento de isolamento e sem poder sair de casa, pode acontecer uma gravidez indesejada.
Fontes
Urologista Emilio Sebe, da Clínica Lifemen – Saúde Sexual Masculina – CRM 19454/SP
Urologista Flávio Iizuka, da Policlínica Climedin – CRM 75674
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