Agronegócios
Exportação de soja do Brasil cresce em junho apesar de fretes e tem recorde no 1º semestre
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As exportações de soja do Brasil cresceram 13,3 por cento em junho na comparação anual, apesar das incertezas quanto aos fretes, e foram recordes para o primeiro semestre do ano, informou nesta terça-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Foram embarcadas 10,42 milhões de toneladas no mês passado, contra pouco mais de 9 milhões um ano antes. Em relação a abril, quando o país exportou um recorde de 12,35 milhões de toneladas, houve queda de 15,6 por cento.
A retração mensal nas vendas de soja do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa, reflete os protestos de caminhoneiros e as indefinições quanto ao tabelamento de fretes, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda trabalha por um acordo entre a categoria e setor produtivo.
As manifestações de maio respingaram nas programações de embarques e as discussões sobre os fretes ao longo de junho reduziram o transporte da soja até os portos.
Em meados do mês passado, a fila de navios aguardando para carregar soja do Brasil estava 60 por cento maior na comparação anual, justamente porque havia menos oferta nos terminais para embarque.
Nem mesmo a disparada do dólar ante o real estimulou negócios no setor, com gigantes como Bunge e Archer Daniels Midland (ADM) fora do mercado dado o receio sobre a obtenção de transporte.
Entidades como Anec, Acebra e Abiove emitiram comunicado ressaltando que as exportações brasileiras seriam afetadas.
O Brasil colheu neste ano um recorde de quase 120 milhões de toneladas de soja, na esteira de boas produtividades após um plantio que gerou preocupações por causa da seca.
Segundo a Secex, no primeiro semestre o Brasil exportou um recorde 46,3 milhões de toneladas de soja, mais da metade do esperado para todo o ano, de pouco mais de 70 milhões de toneladas.