Política
Bolsonaro ataca Maia e diz que “isolar o presidente seria golpe”
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Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes, na manhã desta segunda-feira (16/03), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afastou a possibilidade de sofrer um impeachment.
Sem citar antecessores que tiveram os mandatos cassados, Bolsonaro afirmou que não houve casos de corrupção no governo e não praticou pedaladas fiscais. Além disso, defendeu que impeachment depende de vontade popular e que ele conta com o apoio da população.
“Impeachment só pode ocorrer se o povo estiver favorável. Não pode o chefe do Executivo ficar à mercê de chantagem. Seria um golpe se isolassem o presidente por interesses outros que não fossem republicanos”, disse ao jornalista.
Bolsonaro subiu o tom contra o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O chefe do Palácio do Planalto ameaçou revidar as “pancadas” que tem levado dos chefes do Legislativo.
“Grande parte da mídia, chefes do Legislativo e alguns governadores estão batendo o tempo todo. Estou há 15 meses calado, apanhando, agora vou falar”, afirmou nesta segunda-feira (16/03).
Ele emendou: “Maia me chamou de irresponsável, fez um ataque frontal. Nunca tratei ele dessa maneira. É um jogo. Desgastar, desgastar, desgastar. Tem gente que está em campanha até hoje para 2022 dando pancada em mim o tempo todo”.
Bolsonaro, apesar das críticas, afirmou que “está de braços abertos” para dialogar com o Congresso e que o entendimento para as soluções dos problemas deve começar primeiro entre ele, Maia e Alcolumbre. “Estou pronto para conversar com o Congresso, mas há uma luta pelo poder”, concluiu.
Impeachment
Questionado sobre a possibilidade de ser alvo de um pedido de impeachment, Bolsonaro respondeu que “seria um golpe isolar o chefe do Executivo por interesses que não sejam republicanos”. “Está em jogo uma disputa política por parte desses caras”, disse ao jornalista José Luiz Datena.
Para Bolsonaro, a luta contra a pandemia do coronavírus no Brasil se dá em um contexto de “luta pelo poder”, se referindo às críticas por ter apertado a mão de apoiadores em manifestação no último domingo (15/03). Ele disse que não se arrepende de ter ido ao encontro de apoiadores em Brasília.
“Tenho obrigação de saudar o povo. Se eu me contaminei, ninguém tem nada a ver com isso. Não faço demagogia. Não faço populismo”, afirmou.
FONTE: METROPOLES