Agronegócios
Biotecnologia em sementes garante alta produtividade
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Os dados divulgados pela Conab nesta semana são bastante otimistas sobre a safar de grãos 19/20 no Brasil. A expectativa para a área semeada é de 64,2 milhões de hectares, uma variação positiva de 1,5% e colheita estimada em um recorde: 248 milhões de toneladas. A soja deve registrar aumento da produção em 6,3%, chegando a 122,2 milhões de toneladas. Já o milho primeira safra deve ter uma produção de 26,6 milhões de toneladas.
O clima não está ajudando algumas regiões no Brasil. O plantio começou atrasado e agora o desenvolvimento de culturas como soja e milho estão sofrendo com a estiagem, especialmente no Sul. Um levantamento preliminar da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) aponta que as perdas na cultura da soja com os impactos da estiagem no Rio Grande do Sul, até este momento, são estimadas em 13%, enquanto no milho estão em 33%. Na contramão tem produtor que não sentiu praticamente nada dos efeitos graças à biotecnologia e genética embutidas na semente. A pesquisa, estudo e testes criteriosos vem auxiliando os em qualidade e produtividade na lavoura.
A marca NK de sementes, que surgiu há 135 anos, foi pioneira em biotecnologia no mundo e é velha conhecida dos brasileiros. Foi comercializada até 2011 quando a Syngenta optou por manter o próprio nome no negócio de sementes. Depois de uma pesquisa realizada pela empresa com 400 agricultores no Brasil contatou-se que cerca de 50% dos entrevistados reconheciam a NK como sinônimo de qualidade e 60% voltariam a comprar se ela retornasse ao mercado. “Optamos por voltar com a marca a nível global pela credibilidade e segurança que ela oferece ao produtor. Queremos mostrar ao produtor que existem tecnologias que são realidade e que tudo está conectado com a pesquisa para desenvolver o potencial produtivo”, destaca Max Francisco Fernandes, gerente de marcas, efetividade e campanha Brasil e Paraguai da Syngenta Sementes.
Pesquisa, investimento e novas variedades
A meta da Syngenta é se tornar a melhor empresa de sementes até 2028 e o retorno da NK faz parte da estratégia de fortalecer o negócio de sementes na América Latina, iniciada com as recentes aquisições da empresa na área, em fevereiro de 2018.
A novidade se dá pela chegada das sementes de soja ao negócio. Foram lançadas durante o Dia de Campo da C.Vale, em Palotina (PR), cinco novas cultivares da oleaginosa. Em um primeiro momento, o foco das sementes de soja estará nos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás.
No milho a marca passa a incorporar os híbridos já existentes com destaque para o lançamento voltado ao Sul do Brasil, o NK 505, variedade precoce que vem com a tecnologia Viptera de resistência às lagartas. “Cada vez mais investimos em pesquisa para melhorar o desempenho na lavoura. Só no Brasil são 8 centros de pesquisa em sementes. Com a entrada das cultivares de soja passamos a ter um portfólio diferenciado, com resistência à nematoides, por exemplo”, explica William Weber, líder de negócios soja e milho.
A nova linha já está sendo comercializada no Brasil, Argentina e Paraguai em janeiro de 2020. As sementes foram testadas e estão com safra em acompanhamento por 300 produtores que ainda não sabem que plantaram a marca NK. Em breve os resultados de produtividade devem ser divulgados com expectativa de superar a meta.
A previsão é de lançar pelo menos dez novas cultivares nos próximos cinco anos. Investimentos na casa de US$ 80 milhões devem ser feitos com foco em infraestrutura, equipamentos e melhoramento genético, além de melhorias e capacitação nos polos de Minas Gerais e Mato Grosso. Para viabilizar a operação de relançamento da NK houve, ainda, grande investimento em mão de obra especializada, com a contratação de mais de 100 profissionais no Brasil, de modo a assegurar a proximidade e o melhor atendimento a clientes e canais de distribuição.
No vídeo você pode ver mais sobre os lançamentos, características e como se comportam na lavoura.