Delegado-geral briga por convocação de delegados e estuda terceirizar trabalho ‘burocrático’

O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Demerval Resende, disse em entrevista ao Olhar Direto que a instituição segue em conversas avançados com o governo para o chamamento de novos delegados para atuar no Estado. Com um número similar ao que havia em 1998, o objetivo é atender ainda melhor a população, proporcionando assim mais segurança. Além disto, explicou que está sendo estudado um projeto para terceirizar o trabalho burocrático.

“Aguardamos um posicionamento do governo, no sentido de que teremos concurso para investigadores e escrivães mais pra frente. Enquanto isto, temos um cadastro de reserva pronto para delegados. Atualmente, contamos com efetivo menor do que em 1998. Chegamos a ter 274 em 2014, mas agora são só 210 trabalhando”.

Por conta disto, Demerval tem feito diversas reuniões com o governador Mauro Mendes, na intenção de conseguir o chamamento de novos delegados. Conforme Demerval, a reforma da previdência e a aposentadoria tem colocado ao horizonte a perda de ainda mais homens dentro da instituição.

Demerval ainda pontua sobre um estudo que está sendo feito para tentar diminuir os custos dentro da Polícia Civil. “Entendemos a crise, os decretos de contenção de recursos, mas somando-se esforços, temos buscado trabalhar muito em estudos que permitam a terceirização de parte do efetivo da polícia, no que tange ao atendimento de funções básicas (atendimento de telefone, vigilância, confecção de boletim de ocorrência). Isto está em vias de estudo, para poder ser implantado no próximo ano”, explicou.

Caso isto se concretize, a intenção da Polícia Civil é de mandar policiais para setores mais importantes e de maior complexidade dentro da instituição.

Ao todo, 146 delegacias estão em atividade, após a desativação de 16 na gestão de Mauro Mendes. O lotacionograma tem criado 400 cargos de delegados, mas pouco mais de 200 deles estão ocupados.