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Líderes evangélicos vão mobilizar suas igrejas para criar novo partido de Bolsonaro


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O partido de Jair Bolsonaro, Aliança pelo Brasil, vai contar com o apoio das igrejas evangélicas para coletar as 491 mil assinaturas exigidas para lançar a legenda, faltando menos de quatro meses para concorrer nas eleições municipais de 2020.

Líderes religiosos de distintas denominações estão sendo mobilizados pelo titular do Poder Executivo para legalizar o novo partido.

Também os militares estão sendo instados a apoiar o processo de formalização da nova sigla.

O presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab), bispo Robson Rodovalho disse ao jornal O Globo que Bolsonaro “merece essa ajuda”.

“Vou ajudar. Estou à disposição. A visão que o presidente (Bolsonaro) tem pelo Brasil merece esse gesto de apoiamento”, afirmou Rodovalho ao jornal O Globo.

Líder da Sara Nossa Terra, denominação com 2 milhões de fiéis em 1,2 mil templos no país, o bispo informou já ter sido procurado por um mensageiro de Bolsonaro e que uma das estratégias será atrair apoio durante os grandes eventos da igreja.

“Nas igrejas, os cultos são rápidos e o ajuntamento de pessoas não é tão numeroso, com exceção de templos muito grandes. Mas, como precisa de muitas assinaturas para validar, penso que os eventos, que duram alguns dias, seriam mais proveitosos”, explicou Rodovalho.

Silas Câmara (deputado federal do Amazonas pelo Republicanos) diz que, se convocado para ajudar na criação do Aliança, vai trabalhar a favor da coleta. Silas afirmou que não vê problemas em auxiliar na coleta de assinaturas, e que vê boa vontade das lideranças de diferentes igrejas em ajudar o presidente.

“Não vejo nenhum problema. Eu ajudarei, se for convocado. Se precisar, eu ajudo com alegria”, disse Silas Câmara.

Com tom menos efusivo, Samuel Câmara, irmão de Silas Câmara e líder da Assembleia de Deus de Belém, por sua vez, também se disse disposto a ajudar Bolsonaro na criação do partido, mas deixou claro que os evangélicos “jamais perfilarão em um só partido” e que qualquer gesto não significará apoio incondicional ao governo ou ao presidente.

“A igreja é também um grupo social que tem vontade política. E, no quebra-cabeça de hoje, as pessoas que gostam do Bolsonaro vão acompanhar isso. E elas estão dentro da nossa igreja. Então, não criaríamos dificuldade. Mas não faria disso uma bandeira (política).”

O Aliança pelo Brasil anunciou, no último domingo no Twitter, que começará nesta semana a coleta de assinaturas para sua fundação. O desafio é o prazo curto no calendário: a sigla precisa de todas as assinaturas até 4 de abril do ano que vem para ter o registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim lançar candidatos aos cargos de prefeito e vereador.

Fonte: O Globo e Brasil 247

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