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Na Maternidade do Hospital de Base a grávida é livre para escolher o acompanhante na hora do parto


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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), através do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), garante o direito da gestante escolher seu acompanhante durante todo o processo de parto até a alta hospitalar na maternidade. Essa medida faz parte das melhorias que estão ocorrendo dentro da unidade.

“Devido a certos desconfortos por parte de algumas gestantes, era proibido a permanência de homens dentro da unidade. Mas vimos a necessidade de nos adequarmos quanto a essa questão. Agora, a paciente tem o direito de escolher quem ela quer que fique ao seu lado durante o parto”, disse a coordenadora da maternidade Iliziane da Silva.

A nova medida faz parte de um conjunto de mudanças que a maternidade do Hospital de Base vem passando, tanto da na parte humanizada como na parte física, hoje o local é mais amplo, garantindo melhor conforto para as gestantes e acompanhantes. “Fomos atrás de aprimoramento, sabemos que essa mudança é cultural para todos, aproveitamos que mudamos de local, o que fez diferença, com espaço maior e acolhedor. Obviamente ainda temos melhorias pra fazer, mas estamos no processo”, destacou a coordenadora.

Enfermeira do centro obstétrico, Thais Capelli

Elisângela Nunes é enfermeira obstetra do Hospital de Base, trabalha há 12 anos na maternidade, para ela uma das problemáticas é a ausência dos pais no pré-natal. Existe hoje, no âmbito do SUS, o pré-natal do pai, que faz parte também da caderneta. “A participação do pai é muito importante, não só na hora do parto, mas em todo o pré-natal, para poder saber como vai colaborar durante o puerpério, muitas vezes o pai chega aqui cheio de dúvidas, por onde começar e o que fazer, justamente porque ele não participou do primeiro momento que foi a gestação em si”, afirmou.

A partir do momento que a gestante entra na maternidade, ela escolhe com quem deseja ficar durante sua permanência no local. Essa pessoa acompanha até na hora do parto, caso seja normal, quando é feito a cesariana, ainda não é permitido a entrada do pai ou de outra pessoa que esteja como acompanhante, mas a partir do momento que a mãe sai do centro cirúrgico ela já é recebida pela pessoa que ela mesma escolheu para ficar junto dela.

Gustavo Vieira, o pai da Maria Eduarda

“O acompanhante para a paciente traz um conforto, um alivio, e nós, como profissionais, estamos tentando incluir esses acompanhantes no dia a dia delas. Temos orientações que passamos para cada um deles no serviço. Ter alguém da confiança da gestante é muito importante, pois ela está numa fase de transição e adaptação”, disse a enfermeira do centro obstétrico, Thais Capelli.

José Gonçalves Martins, esposo da Fabiana da Silva, a acompanhou desde entrada, e não saiu mais de perto. “Não tive problema em ficar aqui, ela só tem a mim, e ver o nascimento do meu primeiro filho foi incrível”, disse o vaqueiro.

“Estar ao lado da minha esposa nesse momento é muito importante, é um momento único, eu dei o primeiro banho, fiz o papel de pai, a minha ficha agora que está caindo”, disse emocionado Gustavo Vieira, o pai da Maria Eduarda, que veio ao mundo de parto natural.

O Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), em Porto velho, é referência em partos considerados de alto risco, atendendo a todo estado de Rondônia, sul do Amazonas, e parte da Bolívia. Na unidade são realizados cerca de 400 atendimentos por mês, entre gestante, puerpério e partos.

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