Um dirigente do Vasco acertou um chute no Gabigol ao final da partida. Alô @marcosbrazrio vamos agir né
Esporte
Gerente do Vasco agrediu Gabigol durante confusão após o clássico
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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Ao fim de um clássico de oito gols entre Flamengo e Vasco, na noite de quarta (13), no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, uma grande confusão entre integrantes dos dois elencos tomou conta do gramado e se estendeu até a entrada do vestiário.
Durante o tumulto, André Souza, gerente de futebol do Cruzmaltino, agrediu o atacante Gabigol. O duelo, que teve viradas e gol nos acréscimos, terminou empatado em 4 a 4.
O tumulto começou após o atacante Ribamar, do Vasco, e o zagueiro Pablo Marí, do Flamengo, se estranharem. Após o apito final, o atacante cruzmaltino tentou cumprimentar o adversário, que respondeu puxando o braço e fazendo um gesto mostrando que não queria conversa.
Ribamar não gostou da atitude, xingou o espanhol e deu um tapa no braço dele. O flamenguista tentou devolver, mas Ricardo Graça chegou empurrando, num movimento que deu início a uma grande discussão entre jogadores e membros das comissões técnicas. Ainda em campo, André Souza, que é gerente de futebol do Vasco, agrediu Gabigol -imagens do Premiere mostram o membro da diretoria do clube de São Januário dando uma joelhada na altura da coxa do camisa nove. A atitude fez com que a discussão ficasse mais quente.
Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, falou sobre a agressão a Gabigol ainda na zona mista do Maracanã: “Não pode acontecer é um integrante da comissão agredir um jogador após o jogo. Foi na frente de todo mundo. Isso não pode acontecer. O presidente do Vasco poderia fazer alguma coisa”, cobrou.
Gabigol explicou porque, inicialmente, estava sentado à beira do gramado, longe da confusão, e ressaltou não entender o motivo de ter sido vítima da joelhada do dirigente vascaíno. “Fiquei ali quieto porque sabia que o juiz gosta de dar cartão, sabia que os jogadores do Vasco iam me provocar. No [jogo contra o] Botafogo, apanhei calado. Hoje, tomei cartão por lance de jogo. Depois, estava conversando com o Fellipe Bastos, e ele [André Souza] veio e me deu um tostão. Não entendi muito bem o que aconteceu, mas ele me agrediu. Na verdade, nem tive reação. Quando sai do campo, tudo fica numa boa, mas agressão é algo que não dá para entender”, salientou.
O empurra-empurra chegou às entradas dos vestiários e, depois de algum tempo, e com intervenção de seguranças, os ânimos se acalmaram. Ribamar, em entrevista à Rede Globo, afirmou que a confusão foi algo “de jogo”. “[Foi uma] Confusão normal. É clássico, Vasco e Flamengo.. O clima esquenta. Depois do jogo, volta ao normal”, disse.
Bruno Henrique, por outro lado, fez críticas à postura dos adversários: “Discussão de jogo. Para ganhar da gente, tem de ser assim. A gente tem de ter a cabeça no lugar. Era isso que eles queriam, tumultuaram o jogo, fazendo gracinha”, disse.
Durante entrevista coletiva, questionado sobre a confusão, o técnico Jorge Jesus fez duras críticas ao gerente vascaíno, afirmando que a atitude dele foi um desrespeito à história do Vasco.
“As emoções de jogo, ainda mais nestes dérbis, acontecem sempre. Alguns jogadores menos equilibrados, discussões mais fortes acontecem. Mas, quando um dirigente, e não sei o nome dele e nem me interessa saber, toma essa atitude, isso que é grave. Mais do que falta de respeito com o Gabriel, foi falta de respeito com o clube em que ele está. O Vasco da Gama é um clube de história e esse senhor não tem capacidade de trabalhar num clube como o Vasco da Gama”, disse.