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Tenente do Bope volta a ser preso em menos de 24h após conseguir liberdade em Rio Branco


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Após uma recomendação do juiz da Auditoria Militar, o tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Josemar Farias voltou ao Batalhão Ambiental, neste sábado (26), menos de 24h após ser solto, em Rio Branco. Farias tinha sido libertado após uma decisão do colegiado da 3ª Vara Criminal.

Farias foi preso no dia 27 de dezembro do ano passado na Operação Sicário, suspeito de manter contato com membros de facções criminosas. O tenente voltou a ser recolhido no Batalhão Ambiental, em Rio Branco.

O militar participou da primeira audiência de instrução e julgamento no último dia 30, na 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, onde pelo menos 33 pessoas também participaram da audiência, entre testemunhas de defesa, acusação e 13 dos 18 réus presos na Operação Sicário.

Conforme o advogado do policial militar, Mário Rosas, como o processo de Farias tramita em parte na 3ª Vara Criminal e outra sob competência da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, o juiz da Vara Militar orientou que ele voltasse ao presídio, já que a decisão foi apenas da Vara Criminal.

Para o advogado, a orientação é ilegal já que não há nenhuma determinação para continuidade da prisão. Segundo ele, um pedido deve ser feito pela defesa ainda nesta segunda-feira (28) para que a Auditoria Militar analise o caso.

“Aconteceu que, quando a 3ª Vara Criminal revogou a prisão, não tinha nada que pudesse impedir de ele ser solto. No dia seguinte, o juiz da Auditoria Militar questionou essa soltura e fez essa recomendação para que o tenente retornasse ao presídio e que terça [29] iria resolver definitivamente essa situação. Então, hoje ele está recolhido ilegalmente, porque não tem nenhuma medida formal, essa orientação é algo inusitado. Coisa jamais vista no tribunal”, afirmou o advogado.

Divisão dos crimes

O tenente é denunciado pelos crimes de peculato, prevaricação, organização criminosa e corrupção passiva.

Os crimes que devem ser julgados pela Justiça Militar são: peculato, corrupção passiva e prevaricação. Já o crime de promoção de organização criminosa ficou na competência da 3ª Vara Criminal.

Operação Sicário

A Operação Sicário, deflagrada no dia 27 de dezembro de 2018, prendeu 18 pessoas, sendo 12 em Rio Branco e seis nas cidades de Acrelândia, Plácido de Castro e Cruzeiro do Sul. Durante a ação, a Polícia Civil também apreendeu livros de contabilidade que eram usados por uma organização criminosa, além de armas e drogas.

Ao todo, a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão contra membros de facções criminosas. O foco da operação é o combate de facções criminosas para coibir crimes praticados pelo grupo como o tráfico de drogas, execuções e até crimes contra a própria administração pública como corrupção.

As investigações levaram cerca de sete meses e contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC).

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