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Anvisa aprova medicamento para tratar todos os genótipos do vírus da hepatite C


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A Anvisa acaba de publicar a aprovação de Epclusa® (sofosbuvir 400mg/velpatasvir 100mg), medicamento da Gilead Sciences para tratamento pangenotípico (genótipos 1 ao 6) e panfibrótico do vírus da hepatite C em adultos. Epclusa® oferece taxas de cura de 98% em apenas 12 semanas de tratamento para todos os perfis de pacientes.

“A aprovação do Epclusa® pela Anvisa significa mais um grande passo no tratamento da hepatite C no Brasil, principalmente pela possibilidade de curar todos os genótipos do vírus e todos os pacientes em diferentes fases da doença (desde casos com fibrose leve até cirróticos e transplantados) de forma simples e eficiente com um único comprimido ao dia por apenas 12 semanas, afirma Dra. Anita Campos, Diretora Médica da Gilead.

A eficácia de Epclusa® foi avaliada em cinco estudos que incluíram mais de 1200 pacientes com taxas de cura, também chamada de resposta virológica sustentada (RVS global), de 98%. Os estudos também demonstraram resultados em pacientes que se encontravam em diferentes situações, como aqueles que já foram previamente tratados; pessoas com doença hepática avançada, como a cirrose; pacientes no período pré e pós transplante de fígado e coinfectados com HIV.

O HCV

A hepatite C é uma infecção causada pelo vírus da hepatite C (HCV), que possui pelo menos seis tipos (genótipos) distintos e que acomete preferencialmente o fígado, provocando uma inflamação que leva a formação de cicatrizes (fibrose hepática) e que, com o decorrer do tempo e sem um tratamento, pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. Além do fígado, outros órgãos também podem ser acometidos.

A hepatite crônica C afeta aproximadamente 71 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, há uma estimativa de 657 mil portadores da doença. Cerca de 155 mil foram diagnosticados entre 1999 e 2016 e há indícios de que ainda faltam 502 mil pessoas para serem diagnosticadas. Nesse período foram realizados 110 mil tratamentos, sendo 57 mil somente entre 2015 e 2017. Entre 2000 e 2015, foram identificados 46.314 óbitos relacionados à hepatite C; de cada quatro óbitos por hepatite viral no Brasil, três (75,6%) são pelo HCV. O fato é que grande parte desconhece seu diagnóstico e poucos sabem como ocorreu a transmissão ou que exista tratamento para a doença.

“A doença é assintomática em 80% dos casos e faz dela um sério problema de saúde pública, podendo levar décadas para dar sinais, normalmente, manifestando-se já em estágio avançado de comprometimento do fígado ou com quadros associados”, finaliza Dra Anita.

O HCV é transmitido pelo contato com sangue infectado, sendo que os principais meios de transmissão são reutilização e esterilização inadequada de equipamentos médicos, odontológicos e outros, compartilhamento de seringas e agulhas (como no uso de drogas ilícitas), práticas sexuais de risco e transmissão vertical (da mãe para o filho). Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 também podem ter contraído a infecção.

A Hepatite C é a maior causa de cirrose, câncer de fígado e transplante hepático no mundo. Além das complicações relacionadas ao fígado, pode desencadear uma verdadeira doença sistêmica. Estudos comprovam que o vírus da Hepatite C aumenta os riscos do aparecimento de outras doenças como a Diabetes do tipo 2 e do Linfoma, por exemplo.

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