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Derrame cerebral: Como identificar os primeiros três sintomas de um AVC


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A intervenção médica imediata é fundamental para limitar os danos provocados pelo acidente vascular cerebral (AVC) no cérebro, que são na maioria das vezes devastadores.

Tal intervenção pode, de fato, marcar a diferença entre ter uma lesão cerebral leve ou uma grave incapacidade ou até morte.

Todavia, a maioria das pessoas que sofre deste mal não identifica o que está a acontecer no momento em que o derrame ocorre e não procura assistência médica mesmo após várias horas de surgirem os primeiros sintomas.

Sintomas

O sintoma mais comum do derrame é a sensação de fraqueza repentina no rosto, no braço ou na perna, quase sempre de um lado do corpo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o serviço de saúde pública do Reino Unido (NHS), é imperativo chamar imediatamente os serviços de emergência caso seja notado algum dos seguintes sintomas:

Paralisação no rosto: uma parte do rosto pode parecer ‘pendurada’. O paciente pode não conseguir sorrir, ou a boca e o olho podem parecer flácidos.

Fraqueza nos braços: quem está a sofrer um AVC pode não ser capaz de levantar os dois braços e mantê-los suspensos. Pode, por exemplo, sentir-se fraco ao levantar um copo. Outro sinal de alerta é a dormência no braço.

Dificuldade na fala: o paciente pode perceber que a sua fala está mais lenta, articular mal as palavras ou dizer coisas confusas e incoerentes. Algumas pessoas podem ficar totalmente incapazes de falar, apesar de estarem acordadas.

Outros sintomas a ter em atenção referem-se a problemas súbitos com um ou ambos os olhos; dificuldade repentina em andar; tonturas; perda de equilíbrio ou falta de coordenação; dor de cabeça súbita e severa; confusão e problemas de percepção.

O que ocorre durante um derrame?

Como todos os órgãos, para funcionar corretamente, o cérebro necessita de oxigênio e dos nutrientes que o sangue transporta. O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando esse fluxo sanguíneo é interrompido.

Isso pode acontecer devido a um coágulo que bloqueia a passagem do sangue ou a rutura de um vaso sanguíneo no cérebro.

O NHS estima que uma em cada quatro pessoas que sofrem um derrame cerebral morre – e aqueles que sobrevivem muitas vezes adquirem sérios problemas a longo prazo como danos cerebrais.

Pessoas mais velhas correm maior risco de ter um AVC, embora a condição possa acontecer a qualquer idade, incluindo entre crianças.

Mas, de acordo com a médica e apresentadora da BBC Saleyha Ahsan, a probabilidade de sofrer um derrame cerebral duplica a cada década após os 55 anos.

Recomendações chave

Ahsan recomenda monitorizar a taxa de batimentos cardíacos por minuto.

A fibrilação atrial, um distúrbio do ritmo cardíaco que gera batimentos irregulares, pode multiplicar o risco de AVC em cinco vezes.

Além disso, é importante estar atento e pedir ajuda médica se sofrer miniderrame, conhecido na medicina como acidente isquémico transitório (AIT).

Neste caso, os sintomas são os mesmos, mas temporários, e desaparecem antes das 24 horas. Às vezes, podem durar apenas alguns minutos.

Mas ignorá-los é perigoso: de acordo com Ahsan, uma em cada 12 pessoas que tem um miniderrame sofre um grande AVC em menos de uma semana.

Muitos especialistas alertam que, além da hipertensão, colesterol, diabetes e fibrilação atrial existem outros fatores que aumentam o risco de sofrer um AVC, como tabagismo, obesidade, falta de atividade física e a ingestão de uma dieta rica em gorduras e açúcares.

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