Justiça
MP oferece denúncia contra caminhoneiro acusado de infectar seis mulheres com HIV
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O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra o caminhoneiro Haroldo Duarte da Silveira, 32 anos, preso em agosto deste ano em trabalho investigativo da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, acusado de transmitir HIV para pelo menos seis mulheres.
A denúncia contra o caminhoneiro foi oferecida, por enquanto, em apenas um dos casos, no dia 25 de setembro deste ano.
A delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, responsável pelo caso, disse ao Olhar Direto/Jurídico que quatro dos seis inquéritos já foram relatados e encaminhados ao Ministério Público. Outros dois, que apareceram após a divulgação do caso, ainda continuam a ser investigados.
A prisão de Haroldo se deu em caráter preventivo porque, segundo a delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, a detenção visava salvaguardar a integridade física e psicológica das vítimas. Ele foi encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo presídio do Carumbé.
O suspeito foi indicado também por quatro tentativas de feminicídio. Ele estava fora de Mato Grosso e foi preso ao retornar para a capital. De acordo com as vítimas, Haroldo nunca afirmou ser portador do vírus ou ter usado qualquer tipo de proteção.
Ao Olhar Direto/Jurídico, uma das vítimas disse que Haroldo sabia da condição, o conheceu em uma rede social e afirmou que busca Justiça para outras vítimas que nem sabem que podem estar carregando a doença.
“Quando eu contei para ele, ficou revoltado, disse que eu que tinha passado a doença para ele. Nesta mesma época, descobri que ele ficava com outra mulher também. Fiz tratamento para depressão e comecei a tomar os remédios. Resolvi procurar a polícia porque eu não queria que ele continuasse fazendo isto com outras mulheres”, disse a vítima.
Prisão
Haroldo Duarte da Silveira, 32 anos, foi preso em trabalho investigativo da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, acusado de transmitir Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) para quatro mulheres com quem se relacionou por vários anos. No total, foram quatro mandados de prisão.
O suspeito estava fora do Estado e foi preso ao retornar para Cuiabá. Ele foi indiciado por quatro tentativas de feminicídio.
As vitimas, ao serem ouvidas em declarações, foram uníssonas em afirmar que durante as relações sexuais o investigado em momento algum anunciou ser portador de doença ou usou qualquer tipo de proteção.