Agronegócios
Soja luta por suporte em Chicago e nos portos; milho aguarda a entrada mais forte da indústria de ração
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Na soja, o mercado tenta manter os suportes atuais na bolsa de commodities de Chicago (CBOT) e os produtores brasileiros enfrentam uma redução dos preços nos portos com o enfraquecimento do dólar. No milho, os compradores de rações estão voltando, elevando um pouco os preços no interno, mas sob valores estáveis nos portos, afastando vendedores.
O quadro resumido dos dois grãos, na abordagem do consultor Vlamir Brandallize, se completa com a baixa frequência de novos negócios efetivados na semana, praticamente pontuais em ambos.
Os operadores da oleaginosa se esforçam para assegurar os preços acima dos US$ 8,40-8,50/bushel em Chicago, no setembro, e acima dos US$ 8,70 na posição de novembro. Para a safra nova na América do Sul, que no Brasil começa em 15 deste mês, a batalha é para manter os US$ 9,00 da tela de março, analisa o CEO da Brandallize Consulting.
A semana foi devagar a começar pelo feriado da segunda-feira nos Estados Unidos e o andamento das lavouras – atrasadas pelo atraso do plantio – pode ter tido alguma melhora com as chuvas regulares e temperatura menos frias.
O mercado doméstico, reforça Brandallize, perdeu o suporte de US$ 91,00/saca de alguns dias em terminais como em Paranaguá, com a queda do dólar esta semana – como aliás ele alertou aqui em Money Times na semana passada, como uma possibilidade que poderia acontecer e que merecia atenção dos produtores. A saca circula em R$ 88,50 e R$ 89,00 para novembro.
“Mas sobrou pouca soja para ser negociada”, afirma.
Milho
O movimento, grande atualmente, é do escoamento do milho safrinha (safra de inverno) sob contrato. Vendas novas também estão lentas à espera da entrada mais forte dos fabricantes e misturadores de ração, que já estão chegando, e de novas bases em Chicago quando novos dados sairão da safra complicada dos Estados Unidos.
E também se aguarda maior saída do milho de inverno. Na CBOT, a posiçõe deste mês perde 5 pontos e a de dezembro mas mais de 3,5, com o bushel variando entre US$ 3,41 e US$ 3,55.
Os preços melhoraram, mas os vendedores querem mais, segundo Vlamir Brandallize, avaliando que as negociações nos portos não atraem os exportadores. Em torno de R$ 37,00/38,00, RS 39,00 novembro e R$ 40,00 janeiro.