Esporte
Santos “perde” R$ 31 milhões com Neymar, mas Peres crê em venda ao Real Madrid na próxima janela
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O Santos calculava receber R$ 31,1 milhões neste meio de temporada com a transferência de Neymar do PSG para o Barcelona.
Mas o negócio, que protagonizou toda a janela europeia, afundou na última semana, quando os espanhóis abandonaram as conversas diante da intransigência dos franceses.
Por ter sido o clube formador de Neymar, o Santos tem direito a uma porcentagem de qualquer negociação internacional que envolva o atacante por causa do mecanismo de solidariedade.
Neymar defendeu o Santos até os 21 anos, o que dá ao clube 4% das negociações – o mecanismo separa até 5% para as equipes que acolheram o jogador até os 23 anos. O cálculo santista foi informado ao GloboEsporte.com pelo presidente do clube, José Carlos Peres.
Peres, inclusive, ainda sonha com o dinheiro – não agora, já que a janela de transferências da Espanha fechou na segunda-feira, mas num futuro breve.
O dirigente, porém, aposta no rival do Barcelona para tirar Neymar do PSG:
– (O dinheiro) ainda virá! Ele vai para o Real Madrid, se não for agora, será no final do ano – disse .
O Santos monitorava as conversas e estimava que a negociação pudesse ser concretizada por cerca de até 170 milhões de euros (R$ 774,8 milhões, na cotação atual). Com essas cifras, o clube teria direito a 6,8 milhões de euros, o equivalente aos R$ 31,1 milhões citados pelo cartola.
O dinheiro chegaria em boa hora ao Santos. O clube divulgou relatório recentemente em que demonstra déficit de R$ 50 milhões no primeiro semestre – período em que a diretoria chegou a atrasar o pagamento de salários e direitos de imagem do elenco profissional.
Como comparação: esses R$ 31,1 milhões correspondem a 15% da receita do Santos em 2018, que foi de R$ 208 milhões segundo estudo do banco Itaú BBA.
O valor previsto pelo Santos é semelhante ao pago pelo PSG em 2017, quando os franceses pagaram 222 milhões de euros pela contratação de Neymar. O negócio rendeu R$ 32 milhões ao clube paulista – à época, a cotação do euro era mais baixa, cerca de R$ 3,70, do que a atual, R$ 4,56.