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Agronegócios

Trump ganha, Nordeste perde: Aumenta cota de etanol importado sem taxa e a cota ao açúcar fica a mesma


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Retrocesso absoluto a decisão do governo sobre o etanol importado. O Brasil liberou para 150 milhões de litros anuais nas importações, sobre as 600 milhões já sem tarifas, sendo que só os Estados Unidos perfomam mais de 1,2 bilhão. O governo cedeu às pressões americanas, que queriam liberação total, com um arremedo de acordo que não desagradasse o presidente Donald Trump e tentasse agradar produtores brasileiros com uma espécie de “pegar ou largar”.

E os Estados Unidos, com seu aval e alinhamento à nova política internacional de Brasília, ainda levarão mais 12 meses para aceitar uma renegociação da cota insignificante de açúcar, 150 mil toneladas livres de impostos, que teria sido a contrapartida. Naturalmente que não vão negociar nada até lá.

A Unica, que representa os produtores do Centro-Sul, achou vitoriosa a negociação, mas o etanol importado não entra no seu quintal. Entra em 90% ou mais no Nordeste. E é do Nordeste que também vai o açúcar para os Estados Unidos, nessa conta que é seis vezes menor que o volume que o Brasil libera de biocombustível.

Perdeu o Nordeste e perde também a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, por mais que tentem jogar no colo dela a acerto final. Dela partiu, há meses, na visita aos Estados Unidos junto com Jair Bolsonaro, que uma nova do açúcar precisaria ser negociada junto com qualquer decisão por parte do Brasil quanto ao pedido de Washington.

O presidente e vice da Novabio, Renato Cunha e Pedro Robério Nogueira, também presidentes do Sindaçúcar Pernambuco e Alagoas, respectivamente, haviam adiantado ao Money Times (29/8) que defendiam o fim da cota livre e a taxação de 20% (dentro do marco do Mercosul) ou apenas uma prorrogação até dezembro deste ano, a partir do vencimento do modelo vigente até sábado último.

E levaram esse pleito em reunião na última semana com o ministro da Economia Paulo Guedes, no último dia 28, quando ficou claro, para ambos, que a decisão seria do presidente Jair Bolsonaro e também seria uma decisão política que não criasse obstáculos aos acenos aos Estados Unidos.

Venceu a pressão americana, com o empurrão do ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e do deputado Eduardo Bolsonaro – candidato a embaixador em Washington já sob as graças de Trump – que estiveram nos Estados Unidos no final da última semana.

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