Agronegócios
Erros no intestino da vaca diminuem rendimentos
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Tecnologias de DNA de ponta descobriram milhares de insetos no estômago de vacas que poderiam melhorar a produção de carne e leite e manter o gado saudável. As descobertas, da Universidade de Edimburgo, criam a imagem mais clara de como os micróbios no rúmen de uma vaca, o primeiro de seus quatro estômagos, ajudam o gado a digerir e extrair energia de seus alimentos.
Os pesquisadores analisaram o conteúdo ruminal de centenas de vacas e descobriram milhares de bactérias, bem como archaea, um grupo separado de organismos unicelulares. Identificar quais micróbios são essenciais para o bem-estar dos animais e para a produção de alimentos poderia informar futuros programas de reprodução.
Esses micróbios permitem que bovinos e outros ruminantes convertam plantas e produtos de baixo valor que humanos não podem comer em alimentos com alto valor nutricional, como carne, leite e queijo. Organismos microscópicos fornecem ao gado nutrientes e energia, contribuem para a saúde dos animais e, como biproduto, liberam metano que é uma preocupação para o aquecimento global.
A pesquisa mais recente é derivada de um estudo conduzido pela mesma equipe no ano passado, no qual dados de DNA de 42 vacas foram analisados. Até este estudo, a mistura diversa de bactérias e archaea que vivem no rúmen era pouco conhecida. Os cientistas não conseguiram vincular a análise de DNA à digestão de alimentos, saúde animal e emissões de gases de efeito estufa.
A equipe usou as mais recentes tecnologias de DNA, incluindo um dispositivo de sequenciamento portátil que pode gerar rapidamente dados de DNA que são incrivelmente longos e detalhados. Isso permitiu aos pesquisadores sequenciar completamente os genomas, do início ao fim, de várias novas espécies bacterianas.