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Sistema de monitoramento das reações da Hanseníase desenvolvido pela Agevisa chama a atenção do Ministério da Saúde


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A Hanseníase é uma doença infecciosa e crônica que, se tratada, tem cura. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 10 a 30% dos pacientes apresentam, no início ou após o tratamento, complicações ocasionadas por processos inflamatórias, as chamadas reações hansênicas. Alguns pacientes apresentam reações como: dores, mal- estar, endurecimento em algumas partes do corpo, e agravantes de incapacidades físicas.

O tema foi abordado no Seminário de Reações Hansênicas realizado pela Agencia Estadual em Vigilância em Saúde (Agevisa), que já atua com ações de monitoramento às reações em pacientes. Profissionais de Saúde de todo o estado estiveram no evento, que teve início nesta quinta-feira (22). Além dos profissionais, representantes do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) também marcaram presença no auditório do Rondon Palace Hotel.

Através do projeto BioHans os pacientes fabricam joias em artesanato e são inclusos no mercado de trabalho

O seminário trouxe informações inéditas sobre o projeto piloto desenvolvido pela Agevisa, o Sistema de Estados Reacionais em Hanseníase (Sisreação), capaz de monitorar de forma online as reações nos pacientes de hanseníase.

Segundo Sebastião Sena, técnico da Agevisa, que ajudou na elaboração do sistema, o objetivo é fortificar a vigilância e otimizar o serviço. “Com o Sisreação, agora os próprios municípios farão esse acompanhamento e monitoramento através do sistema. Uma vez que o paciente está em reação tanto em fase de tratamento como pós – alta, ele é notificado lá dentro do sistema, e isso otimiza o serviço e contribui com a melhora do quadro”, ressaltou Sebastião.

Carmelita Ribeiro, coordenadora Geral de Doenças, disse que o que chama a atenção do Ministério da Saúde é a forma como o estado de Rondônia vem priorizando e monitorando os pacientes antes e depois do tratamento. Segundo ela, cerca de 150 países no mundo já registraram casos da doença, mas apenas Rondônia vem trabalhando com o monitoramento dos casos.

 “Em nenhum outro lugar do país existe esse acompanhamento pós – alta. Cerca de 210 mil casos já foram registrado no mundo, e nenhum país faz o que Rondônia está fazendo: atuando com a vigilância da reação. Por isso fiz questão de convidar a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). Eles querem aprender com vocês” destacou a representante do Ministério da Saúde.

Para a coordenadora estadual do Programa de Controle da Hanseníase, Albanete Mendonça, Rondônia registrou, em 2018, 737 novos casos da doença. Ao longo dos anos o número vem reduzindo graças as capacitações, seminários e atuação com foco na prevenção. “Estamos intensificando as ações, e o monitoramento também consiste em trabalhar a questão social, inclusão no mercado de trabalho e a questão emocional desse paciente. Assim, fortificamos nossa vigilância”, concluiu.

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