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Premier League abre portas para novo perfil de brasileiros, e país quebra mais um recorde


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Novo recorde, maior representatividade e, agora, abertura para um novo perfil de jogador. Ano após ano mais aberto aos talentos do Brasil, o Campeonato Inglês se rende a jovens promessas nesta edição. Se antes só jogadores consagrados desembarcavam na Inglaterra, a temporada 2019/20 marca a estreia de nomes como Wesley Moraes, Joelinton e Gabriel Martinelli, pouco conhecidos até do público brasileiro.

A Premier League começa nesta sexta-feira com Liverpool x Norwich em Anfield, partida que o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real a partir das 16h (de Brasília).

O Brasil terá 23 jogadores no início deste campeonato, quatro a mais do que na temporada passada (Lucas Piazon estava no elenco do Chelsea, mas não foi relacionado para nenhum jogo até ser emprestado ao Chievo). Isso sem contar João Pedro, atualmente no Fluminense e negociado com o Watford para transferir-se em janeiro, além de Jorginho e Emerson Palmieri, naturalizados italianos. O número de times com atletas do país também aumentou de 11 para 13 dentre os 20 participantes.

Quem são eles?

  • Liverpool: Alisson, Fabinho e Firmino
  • Manchester City: Ederson, Fernandinho e Gabriel Jesus
  • Tottenham: Lucas Moura
  • Everton: Richarlison e Bernard
  • Chelsea: Kenedy, Lucas Piazón e Willian
  • Manchester United: Andreas Pereira e Fred
  • West Ham: Felipe Anderson
  • Newcastle: Joelinton
  • Aston Villa: Wesley e Douglas Luiz
  • Arsenal: David Luiz e Gabriel Martinelli
  • Brighton: Bernardo
  • Watford: Gomes
  • Wolverhampton: Léo Bonatini

O primeiro jovem brasileiro anunciado como reforço para esta temporada foi Gabriel Martinelli, contratado pelo Arsenal por R$ 30 milhões. O atacante de 18 anos marcou 10 gols em 34 jogos pelo Ituano e foi chamado por Tite para compor os treinos da Seleção antes da Copa América. Na pré-temporada pelos Gunners, nos Estados Unidos, recebeu chance do técnico Unai Emery como titular e marcou um gol contra Colorado Rapids.

Jogadores brasileiros falam sobre a expectativa para o início da Premier League

Jogadores brasileiros falam sobre a expectativa para o início da Premier League

 

De volta à elite, o tradicional Aston Villa deu a Wesley Moraes o status de contratação mais cara da história: 22 milhões de libras, cerca de R$ 105 milhões. O atacante de 1,91m estava no Club Brugge, da Bélgica, pelo qual marcou 38 gols e deu 14 assistências em 130 jogos. Mineiro de 22 anos, ele deixou o Itabuna-BA em 2015 e iniciou a carreira na Europa no futebol da Eslováquia.

Outro atacante grandalhão a desembarcar por um valor recorde foi Joelinton. O Newcastle pagou 40 milhões de libras (quase R$ 190 milhões) ao Hoffenheim, da Alemanha. Revelado pelo Sport e vendido menos de um ano depois de estrear como profissional, o pernambucano marcou 11 gols e deu nove assistências em 36 partidas pelo time alemão.

Gabriel Martinelli, de apenas 18 anos, faz parte do elenco do Arsenal para a Premier League — Foto: AFP

Gabriel Martinelli, de apenas 18 anos, faz parte do elenco do Arsenal para a Premier League — Foto: AFP

As contratações dos três jogadores são especialmente interessantes porque reforçam a quebra um antigo padrão de que o futebol inglês só importava brasileiros tarimbados e para os clubes que brigavam diretamente por títulos.

Esse cenário foi construído diante da rigidez das regras da Football Association (FA) para emitir vistos de trabalho para jogadores estrangeiros e começou a mudar com a transferência de Richarlison para o Watford na temporada 2017/18.

Um dos critérios é a participação dos jogadores pelas seleções nacionais, mas a avaliação da FA também aspectos subjetivos e pode ser influenciada pelo investimento feito pelos clubes e pela probabilidade de o jogador ser titular na equipe contratante.

Esse último aspecto é apontado como diferencial para que Douglas Luiz, ex-Vasco e outro reforço do Aston Villa, tenha conseguido o visto nesta temporada após uma negativa na última edição, quando foi chamado por Pep Guardiola de volta do empréstimo ao Girona. Sem a autorização, o volante voltou à Espanha. Agora foi vendido pelo Manchester City aos Villans por R$ 71 milhões.

Aston Villa investe para se manter, e Liverpool e City seguem favoritos

Manchester City e Liverpool terminaram pelo menos 25 pontos na frente do terceiro colocado na última temporada. É improvável que as posições na tabela mudem radicalmente em apenas um ano, mas a sensação é que os dois não terão o mesmo conforto. Arsenal, Manchester United e Tottenham se reforçaram bem para encurtar a distância, enquanto clubes médios fora do big-6, casos de Wolverhampton, Everton, Leicester e West Ham, também parecem estar evoluindo.

– A Premier League é um campeonato num nível muito alto. A gente tem que respeitar esse campeonato. Lógico que as duas equipes (City e Liverpool) teoricamente são favoritas, mas todas as equipes estão se reforçando. As menores acabam sempre incomodando, tirando pontos. A disputa é sempre jogo a jogo. É um campeonato longo – disse o goleiro Alisson, do Liverpool.

Os 10 clubes que mais gastaram na janela

O tradicional Aston Villa foi um dos que mais investiu para se manter na elite depois de passar três temporadas na Championship, a Segunda Divisão. Foram mais de 133 milhões de libras em 12 jogadores, incluindo os brasileiros já citados Wesley e Douglas Luiz.

Dentre os jogadores, destaques para Maguire, ex-Leicester, que se tornou o defensor mais caro da história ao assinar com o Manchester United por 78,3 milhões de libras. O Arsenal também quebrou a banca com a sua maior contratação, o marfinense Nicolas Pépé, ex-Lille, por 72 milhões de libras.

Tottenham (Ndombélé), Newcastle (Joelinton), West Ham (Haller), Leicester (Tielemans), Wolverhampton (Raúl Jiménez), Brighton (Webster), Sheffield United (McBurnie) e Aston Villa (Wesley) fizeram o mesmo – e a conta aumentou no último dia com a chegada do senegalês Sarr, ex-Rennes, ao Watford.

Foram 10 clubes, portanto, a estabelecerem novos recordes de compras de jogadores.

Apenas com aquisições, a liga movimentou um total de 1,38 bilhão de libras (R$ 6,6 bilhões na cotação atual). O Chelsea, proibido de contratar pela Fifa nas próximas duas janelas, foi o único a ter pouco contribuído – Kovacic chegou depois de o clube exercer o direito de compra do empréstimo.

VAR finalmente em ação

A Premier League é a última das principais ligas a adotar o uso do árbitro de vídeo. Desde os primeiros testes houve muita resistência, o que atrasou um pouco o processo.

Prepare-se para ver menos consultas do que no Campeonato Brasileiro, por exemplo, já que os ingleses pregam a mínima interferência e total clareza – gráficos serão exibidos nos telões dos estádios explicando quando uma decisão estiver sendo revista e até mesmo videoclipes estão previstos para ajudar o entendimento dos torcedores.

Outra novidade será a pausa tão sonhada por treinadores no meio da temporada. Ela não virá no período festivo em virtude do grande sucesso que é a Premier League no Boxing Day e dias próximos ao Réveillon, e sim em fevereiro.

A Premier League dividirá uma rodada em dois fins de semana – cinco jogos em cada. Desta forma, os jogadores poderão ter um descanso um pouco maior e, em alguns casos, equipes realizarem uma intertemporada caso também tenham os meios de semana livres.

Para não passar batido, a Premier League adotou um novo critério de desempate: confronto direto, atrás de saldo de gols e gols pró.

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