Educação
Servidores da educação em greve fazem pedágio ‘solidário’ em rodovia para comprar alimento em MT
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Um grupo de servidores da educação realizou um ato na MT– 358, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, para pedir ‘pedágio solidário’ aos motoristas que passam pela rodovia, nesta quinta-feira (25).
O objetivo é conseguir dinheiro para comprar alimentos e doar a outros professores que tiveram os salários cortados pelo Executivo, após entrarem em greve no dia 27 de maio.
Os profissionais usaram faixas e cartazes para chamar a atenção dos motoristas. Na região, outros 11 municípios realizaram o ato.
No início deste mês, os servidores da educação de Cuiabá também foram às ruas pedir dinheiro nos semáforos. Segundo eles, os professores estão enfrentando dificuldades financeiras.
Alguns motoristas que passaram pela BR onde o ato foi realizado ajudaram os profissionais com dinheiro.
“É importante contribuir pelo que eles fazem para nós. A educação é tudo. Sem eles, o que seria do nosso país?”, questionou o caminhoneiro Leandro da Silva.
Na greve, que já dura quase dois meses, os professores exigem o cumprimento da Lei 510 de 2013, que assegura a dobra do poder de compras dos salários, a convocação dos aprovados no concurso público, reforma das escolas em condições precárias e aplicação de leis que asseguram recursos para a educação.
“O aumento vem para equiparar o salário dos trabalhadores, que é um salário rebaixado. A educação está em greve e cobra o que já é garantido na legislação, são direitos já conquistados”, ressaltou a presidente do Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Francisca Alda Ferreira.
Entre as reivindicações da categoria está:
- concessão do pagamento de 7,6% de aumento aos professores e o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA);
- pagamento de 1/3 de férias proporcional para os professores contratados;
- concessão de licença-prêmio e licença para qualificação profissional,
- chamamento do cadastro reserva dos profissionais da educação do último concurso público
- cronograma de obras para a reforma das unidades escolares.
- O executivo declarou que não tem como conceder o aumento de 7,5%, e que, o pagamento da RGA pode estourar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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