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Agronegócios

Com pivôs, produtores investem no cultivo de feijão irrigado durante período de seca em Mato Grosso


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O período de estiagem não impediu que produtores no médio-norte de Mato Grosso investissem no cultivo de outros produtos agrícolas. Com o apoio de pivôs, agricultores de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, estão obtendo bons resultados com o feijão irrigado.

Edson Pina é consultor agronômico em um propriedade onde estão sendo cultivados 1.100 hectares de feijão carioca. Segundo ele, o pivô evita que o produtor fique dependente apenas das condições climáticas para produzir.

“O equipamento verticaliza a produção, permite a geração de emprego durante todo o ano e faz com que a economia seja mais favorável, porque a fazenda não precisa parar a produção”, comentou.

Em outra propriedade do mesmo município, o agricultor João Romangnoli já está na terceira safra deste ano. Em todas, o pivô foi essencial para garantir a boa produtividade. São 680 hectares reservados à produção do feijão carioca.

 Pivôs garantem produção ao ano inteiro — Foto: Alexandre Perassoli/ TVCA

Pivôs garantem produção ao ano inteiro — Foto: Alexandre Perassoli/ TVCA

“Há três anos investimos na sequência soja, arroz e feijão. Tem dado certo, principalmente por causa do fator temperatura. Com o pivô conseguimos equilibrar a umidade do solo e o nível de calor, e com isso, conseguimos melhorar a produtividade”, destacou ele.

A produtividade média na propriedade de João tem sido de 55 sacas por hectares. Maior do que a média na região, que é de 40 sacas por hectare.

Entretanto, o preço é que tem deixado os produtores insatisfeitos. A concorrência com outros estados onde a produção também tem atingido patamares satisfatórios, o custo do frete e impostos tem feito com que a produção local perca de R$ 30 a R$ 40 por saca.

 Equipamento garante a umidade do solo e a redução de calor na plantação — Foto: Alexandre Perassoli/ TVCA

Equipamento garante a umidade do solo e a redução de calor na plantação — Foto: Alexandre Perassoli/ TVCA

A saca de 60 quilos, por exemplo, sai entre R$ 130 e R$ 140.

Outro fator que incomoda são as pragas que acabam migrando de outras culturas. A mosca branca é um exemplo.

“Ela sai da soja, invade as outras culturas e se não tem nada, ela ataca o mato, então é preciso ter um controle para que a praga não inviabilize a produção”, alertou o agricultor.

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