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Pacientes com HIV do SAE denunciam atendimento de setor especializado na Fundação do Acre


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O Serviço de Assistência Especializada — SAE e Doenças tropicais é um serviço responsável pela assistência ambulatorial às pessoas vivendo HIV/Aids, Hepatites Virais, bem como doenças como tuberculose multirresistente e demais doenças infectocontagiosas que não obtiveram sucesso no tratamento oferecido na atenção básica.

O serviço, que foi instalado no Acre no ano 2000, tem como objetivo oferecer atendimento médico, de enfermagem, psicológico, social e assistência farmacêutica ao paciente com HIV/Aids e Hepatites Virais.

O problema é que segundo um grupo de pacientes atendidos pelo SAE, isso não vem acontecendo da forma como deveria no setor montado no Hospital das Clínicas de Rio Branco.

Os pacientes apontam alguns motivos como a incorporação do transplantes de órgãos pelo SAE e a falta de serviços como a PREP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) para reclamar da qualidade do atendimento.

Um paciente com HIV/Aids que já faz tratamento no SAE há quase 15 anos, e pediu para não ser identificado falou ao ac24horas. “Com tanto tempo, eu conheço a fundo o sistema. O problema é que, com a vinda do transplante se perdeu o seu foco. O certo seria o transplante de fígado que ocupa uma sala no SAE, bem como usa seus funcionários serem atendidos na sala de transplantes que já existe na Fundação”, afirma.

O paciente faz uma denúncia grave, de que não há servidor qualificado para atender aos pacientes que chegam com diagnóstico positivo, seja de HIV ou hepatite. “Nas salas não existem protocolos de atendimento, nem sala para acolhimento e se não disponibiliza um servidor qualificado para fazer essa demanda tão importante para o paciente que chega no referido departamento com seu diagnóstico positivo. Aqueles que dão entrada no serviço são atendidos de forma exposta na recepção. Os atendentes em grande parte são estagiários que não tem noção do grau do sigilo que devem manter”.

Outra reivindicação, além da falta de medicamentos e salas adequadas, é em relação a não implantação de diretrizes do programa de IST/AIDS, como o PREP. “É uma vergonha para a atual gestora que está a frente do departamento há quase 15 anos, e não se empenhou em implantar programas tão importantes para nós pacientes, que sentimos na pele a falta desses serviços”, diz.

Os pacientes afirmam que querem mudanças urgentes no SAE. “O atual governo nos prometeu melhorias. Diariamente nós percebemos que melhorou a humanização dentro do Hospital das Clínicas, agilizou as cirurgias e organizou muitos departamentos. Apenas no Serviço de Assistência Especializada continua a mesma situação de anos anteriores”, afirma o paciente portador de HIV/AIDS.

O ac24horas procurou a enfermeira Edna Gonçalves, coordenadora do SAE, que falou sobre a o transplante de fígado e a PREP. “O transplante de fígado é uma continuidade do SAE e a presença do transplante não compromete nenhum atendimento aos pacientes com HIV/Aids e hepatites. Quanto a PREP, não foi instalada por uma decisão da gestão passada do Hospital das Clínicas. Com essa nova gestão, estamos nos mobilizando para implantar a PREP o mais rápido possível”, afirma Edna.

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