Questionada sobre a possibilidade de parentes diretos herdarem seu mandato, Janaína evitou compromissos



A deputada estadual Janaína Riva (MDB) abordou com cautela as especulações sobre sua possível sucessão por familiares na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), especialmente sua irmã, Jéssica Riva. Em entrevista, a parlamentar enfatizou que, embora valorize a trajetória política da família, seu foco atual é fortalecer a representação feminina no partido.

“Não sou insubstituível, e há muitos nomes qualificados no nosso grupo. Mas eu gostaria de ver uma mulher no meu lugar”, declarou Janaína, citando com entusiasmo o interesse da ex-primeira-dama de Sinop, Scheila Pedroso, em concorrer a uma vaga na ALMT em 2026. “Fiquei feliz ao saber do desejo dela. Já quero convidá-la para se filiar ao MDB”, acrescentou. Scheila, atualmente no Republicanos, é ex-esposa do prefeito Roberto Dorner (PL) e já sinalizou ambições políticas.

    Questionada sobre a possibilidade de parentes diretos herdarem seu mandato — como a irmã Jéssica, a mãe Janete Riva ou o pai, ex-deputado Geraldo Riva —, Janaína evitou compromissos. “Nada está definido. Como pré-candidata a senadora, preciso apoiar todos os aliados do MDB, não apenas um projeto familiar”, ponderou.

      A observação reflete o cálculo político de Janaína, que busca evitar conflitos de interesses em meio à própria campanha para o Senado. Em março, ela havia admitido que Jéssica poderia ser uma opção natural para a ALMT, brincando: “Todo mundo da família gosta de política. Quem nasce em ‘casa de política’ não escapa”.

      Enquanto isso, o MDB mato-grossense se movimenta para consolidar uma chapa competitiva em 2026, mesclando novos nomes com figuras já consolidadas. A decisão final sobre quem ocupará o lugar de Janaína na Assembleia — seja da família Riva, seja uma aliada como Scheila — deve depender das negociações partidárias nos próximos meses.


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