Saúde
10 hormônios que afetam o emagrecimento e como regulá-losT
Compartilhe:
A grelina é o hormônio responsável pelo estímulo da ingestão alimentar. “É ela que diz para o cérebro que você quer comer em breve ou agora”, diz Passos. Normalmente, o pico de grelina costuma acontecer antes das refeições, mas as taxas do hormônio variam ao longo do dia.
Ocorre que a grelina ajuda na diminuição do excesso de gordura ao estimular a produção de GH, o hormônio do crescimento, que também é fundamental para o metabolismo da gordura e manutenção da massa muscular, comenta Passos.
É comum que, após os 30 anos, os níveis de GH caiam bastante no organismo do indivíduo – assim como seus efeitos no corpo. Porém, isso pode piorar com hábitos como sedentarismo, tabagismo, dieta inadequada e sono de má qualidade.
NÃO PARE AGORA… TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE 😉
T3 e T4
Você provavelmente já ouviu falar nos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), muito relacionados ao hipertireoidismo e hipotireoidismo. Ambos são produzidos pela tireoide, uma glândula localizada no pescoço, logo abaixo da laringe.
Segundo o endocrinologista, uma das funções do T3 e T4 é regular o metabolismo, ou seja, como cada célula do corpo gasta energia – o que influencia diretamente no processo de emagrecimento.
“Quando a tireoide produz muito T3 e T4, nosso metabolismo acelera. Quando a tireoide produz pouco, o oposto acontece. Se os hormônios estiverem em nível baixo (hipotireoidismo), seu metabolismo fica lento. O resultado é, entre outros problemas, a dificuldade de perder peso’, esclarece Passos.
Leptina
A leptina é um hormônio que controla o apetite e a saciedade. Trata-se de uma substância produzida pelas células adiposas do corpo que sinalizam ao hipotálamo que há acúmulo de gordura e que ajustam o consumo alimentar.
“Em outras palavras, o hormônio adapta seu comportamento alimentar conforme seus estoques de energia. Se a quantidade de gordura for grande, mais leptina é produzida. Esse processo, contudo, pode gerar resistência à sua ação, quadro muito comum em indivíduos obesos”, revela o médico.
Contudo, se ocorrer perda brusca de gordura, a leptina baixa bastante, o apetite aumenta e, ao mesmo tempo, o funcionamento do metabolismo também reduz – o que dificulta a perda de peso. Por isso, o ideal é que o hormônio esteja sempre em equilíbrio. “E para quem deseja emagrecer, o processo deve ocorrer de forma gradual”, aconselha o endocrinologista.
Insulina
NÃO PARE AGORA… TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE 😉
Bem famosa por sua relação com o diabetes, a insulina é um hormônio produzido no pâncreas e responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), uma vez que é a substância que regula a entrada de glicose nas células.
Com o ganho de peso e o aumento do tecido adiposo, o pâncreas sente mais necessidade de produzir insulina. Entretanto, quanto mais hormônio é produzido, mais as células tendem a se proteger do excesso dele, o que gera a resistência insulínica. E um dos principais riscos da resistência insulínica, além do diabetes tipo 2, é a obesidade.
Testosterona e estrógeno
NÃO PARE AGORA… TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE 😉
Conhecidos por serem nossos hormônios sexuais, a testosterona e o estrógeno também influenciam no peso. Presente tanto em homens quanto mulheres, a testosterona é essencial no desenvolvimento da massa muscular. Por isso, baixos níveis do hormônio podem levar ao ganho de peso.
Já o estrógeno, que também atua nos organismos feminino e masculino, tem efeito contrário à testosterona: altos níveis desse hormônio levam ao ganho de massa gordurosa – o que favorece, inclusive, a presença de gordura localizada em diferentes partes do corpo.
Irisina
A irisina é um hormônio recém-descoberto. Identificado em 2012 pela comunidade científica, a substância é liberada pelas células musculares por meio do estímulo de exercícios físicos. “Por isso, ela favorece a termogênese e a oxidação de gordura. Ou seja, provoca maior perda calórica”, afirma Passos.
Desse modo, quando a irisina está desregulada, o emagrecimento também é comprometido por tornar o processo mais lento. Portanto, além impactar diretamente na redução do peso e ganho de massa magra, a prática de atividade física também é importante para equilibrar os níveis deste hormônio.
Serotonina
Outro hormônio muito associado à prática de atividades física, a serotonina é uma substância que tem diversas finalidades no corpo, além de promover a sensação de felicidade. Uma delas é atuar no apetite. “Se a serotonina estiver baixa, a pessoa tem mais desejo em comer doces e carboidratos refinados”, pontua Passos.
Como controlar os hormônios
Embora cada hormônio seja produzido por um conjunto de células diferentes e em regiões distintas do corpo, o conselho para manter sua produção sob controle segue um padrão. De acordo com Passos, se a pessoa não tiver nenhuma deficiência hormonal, a melhor estratégia para equilibrar as taxas hormonais é com o estilo de vida saudável.
A indicação do médico inclui ter noites de sono de 8 horas por dia, evitar alimentação com comidas gordurosas e ultraprocessadas, evitar o excesso de bebidas alcoólicas, modular o estresse, fazer atividades físicas, entre outros componentes.
Reposição hormonal ajuda?
A reposição hormonal com medicamentos é um método procurado por quem tem seus hormônios desregulados – principalmente mulheres na época da menopausa, para atenuar sintomas como ondas de calor e secura vaginal.
Embora essas substâncias sejam capazes de ditar a velocidade do metabolismo, intimamente ligado à perda de peso, nem sempre a reposição hormonal é indicada. “Em alguns casos, uma simples mudança na alimentação pode equilibrar os níveis hormonais”, aponta Passos.
Em geral, o endocrinologista indica que os pacientes tentem guiar a regulação hormonal pela via comportamental, seguindo as recomendações sobre um estilo de vida saudável. “Incentivo os pacientes a terem uma rotina com mais atividade física, uma dieta melhor e opções alternativas. A medicação vem por último”, diz o médico. Além disso, segundo o especialista, a dica de bons hábitos não é exclusiva para as mulheres que não podem repor os hormônios.
Fonte: Minha Vida